Quando o curumim nasceu,

A cunhã morreu de parto

O Yanan com a cuia o benzeu e

Na esteira ficou o corpo cansado

 

A tribo cantou, houve festa

E o Yanan rezou o espírito elevado

O primeiro banho na casca do tracajá

E o curumim foi abençoado

 

No pequeno tapirí

O curumim foi criado

E ao crescer, como besta,

Por seu pai foi chicoteado

 

O chibé foi servido

Piracuí pra curumim

Piramutá e murupí

Pra o índio valente.

 

Chá de preciosa e café com tapioca

Para as mulheres que ficavam contentes

Curumim mamou no peito da sogra

E assim cresceu seus dentes.

 

De noite no rio, na canoa que desliza

Graciosamente, o curumim adormece

Ouvindo os pássaros

E o som que ecoa nas correntesas

 

Balança a canoa

E o boto canta

Na outra margem cunhantã de facho assanhado

Quando depara com Yanan valente

Estende os braços apertados e

Segura curumim carente.

 

É chuva de finados

Tapirí tá em festa

À cunhantã tá prenhada

E o curumim já têm dente.

 

Só de peixe, mandioca, milho e tapioca

Tornou-se um índio valente

Logo puxou a carroça

Pensando que era gente

 

Casou-se com a moça Rosa.

Dona de bela palhoça e

Curumim ficou contente

Do rio tirou a canoa

O peixe e a vida boa.

 

Agora seus filhos são escolados

Curumim está aposentado

Rosa tece o sapatinho

No quintal a rede balança

Curumim hoje descansa.

 

 

 

 

Clique na figura
envie sua mensagem


 


Voltar


| Home | Menu | Fale  Comigo |
| Adicionar aos seus Favoritos |


Desde 12.09.2010,
você é o visitante nº


 

Direitos autorais registrados®
Direitos autorais  protegidos pela Lei 9.610 de 19.02.1998

Site desenvolvido por WebÁguia - www.webaguia.com.br