Não me fira!

Não corte porque sangro.

Não me arranque as raízes, sou da terra.

Não vês que levo a riqueza entre os braços

Eu preciso doar…

E preciso secar o suor e acalmar a dor do caboclo.

 

Que trabalho árduo! 

Eles levam nas mãos o peixe e a farinha.

Essa terra é minha! É minha essa terra.

É minha caboclo ingrato.

Não corte!

A terra está quase morta.

Não corte-a!

Se sangro morro.

 

Tu ferves em piolhos e vermes, ferves ao arrancar as raízes,

ferves de ódio caboclo.

De madrugada quando cai rendido quem te abana maldito!

Olhe um palmo da tua venta e veja que a terra esquenta caboclo.

Ela queima e arrebenta o coro da tua pele,

seca as tuas narinas e torra a planta dos teu pés.

Sangra e corta mais e em pouco tempo a vida… Morta.

 

 

 

 

Música: O Seringuriro

Zé Geraldo

 

 

 

 

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