− Hum não acredito que foi assim!

Foi assim...

Desenvolvemos em nós mesmo uma ilusão de amor

onde um pro outro na verdade,

só tinha guardado o azedume da vida.

O ode foi mal construído e um rol de erros

nos levou a esconder a verdade,

não era amor, nunca foi amor, sabíamos disso.

Estávamos num buraco sujo escondendo vil sentimentos,

não cabia a mim ou a ela decidir sozinhos.

Ora! Talvez atos de bondade e até de humildade

poderia dar fim ao preâmbulo promíscuo que vivíamos...

Mas, eis que um homem chegou na vida dela,

e daí a bonança chegou para os dois.

A partir disso, nosso barco viajou a esmo

no mar dos sentimentos tormentosos.

Nenhum de nós sabia ao certo se o exótico homem

seria uma especulação a mais na vida dela.

E que o nosso deturpado destino se jogava aquém

do controle, o nosso abominável destino era bizarro.

Eu não era benquisto na vida dela,

ela uma ativista sexual que vivia a pronta-entrega.

Meu medo é tê-la que receber como um

pacote destruído, alguns meses depois.

Vivi apático nos últimos dias,

mas após a partida da promiscua,

minha frivolidade também fluiu

Passei a ser heterogêneo para cair

na orgia sistemática e convencional.

Foram espalhafatos os comentários

a mim direcionados, não obstante,

sabíamos que meus desejos

incandesciam as paredes do

Fragmentado lar.

Tem pouco tempo amigo, que essas coisas vieram a tona,

foi tudo tão rápido e extraordinário,

tenho receio que os meus auspiciosos dias

caiam no saudosismo de família,

e volte a procurar os afagos da sutil mulher.

− Ah porra, tu estás mexendo com o âmago da tortura...

É amigo a tirania dela me comprou o destino,

me fez andar nas ruas como cachorro sem dono.

A pirambeba vivia de pose.

− Não tinha idéia que aquela aliança seria

uma sela no teu cangote. 

Minhas condolências...

Morreu o otário para nascer um heterossexual sensacional!

Vem pra cá meu querido.

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