Nada faz sentido, se não vejo as facetas

que me apresentas no decorrer da tarde.

São detalhes que escapam,

uma palavra dita de forma delicada,

e um sorriso sem graça

Que diz pouco e muito de você.

Sei querida, que nas tragada noturnas

você engole a vida, e,

quando solta a fumaça negra do espírito

você cai na mais profunda indolência

 

Os dedos ágeis no canto da boca,

um olhar morno perdido no tempo…

entendo quem é você.

O sol desponta e você sai perdida no sonho de criar,

desenhar, agarrar e morder qualquer isca

que lhe venha à boca.

Não, hoje não foi o teu dia,

amanhã terás planos,

mais também pode não ser o teu dia.

E tu vais atravessando a vida

envolta em uma solidão marcante,

uma doçura que embevece.

O que arrastas dentro dessa mala

que cheira a esmalte, acetona?

Quando a porta bate deixa as historias pendentes, e,

uma fascinante imagem.

 

 

 

 

 

 

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