Aquele marricón tagarela e “analfabrético” era suave como um vinho licoroso.

O louco trazia nos olhos o orgasmo. Era um olhar perseguidor.

Vivia semi coberto por um robe transparente e deixava o robe bailando ao vento no meio da rua.

Andava de um lado para o outro da calçada. Uma sem-vergonhice!

Cheguei no bordel e antes de entrar gritei enfurecido

— Safada! Já pra dentro!

Notei nele uma palidez acentuada quando trocamos olhares de amor perguntei cinicamente:

— Te feri tanto assim?.

— Não se ofenda, ainda que puta, você é bela. Ele não me respondeu.

O marricón esbanjava sensualidade eu estava louco de ciúme dele.

Minutos depois apareceu de trás das cortinas cor de violeta. Vestia uma malha cor de canela, combinava com os olhos mouros da marriquita espanhola, por cima véus de diferentes cores e no rosto coberto por um véu vermelho, deixava os olhos verdes amostra.

Um a taça de ópio nas mãos servia para chamar os Deuses do Marrocos.

Fiquei assistindo aquele show barato.

Aqueles lábios famintos chamavam os orixás para o dualismo.

Sabia mais das almas que do paraíso terrestre a danada.

Eu continuei ali como um eremita solitário admirando aquele corpo desejável.

De repente ela dançou a dança do ventre.

Este marricón pé-rapado! O mixuruca vai acabar comigo.

Havia mosquitos por todos os lados. A vadia torcia o corpo como uma medusa desesperada.

Filho da puta!

Abandonei o gateiro no meio do show.

— Ei! Aonde você vai?

— Os Deuses me chamam, meu bem.

Deuses o caralho! Seu mentiroso! Vai me deixar aqui? Gritou emputecido.

Sorri...

Entre um leão e o cão venceu o leão, respondi sorrindo.

Saí pra nunca mais voltar

 

 

 

 

 

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