Perdi minha linha de vida aos vinte cinco anos.

Sofrendo fome de amor, sedenta, andei perdida

na cegueira do meu mundo de moça ingênua.

Foi quando ouvi palavras frias de uma boca ingrata

Não respondi porque a juventude me embalava.

 

Deus meu! Como tinha razão aquela senhora.

Quando ela me perguntou o que eu faria aos cinquenta anos

quando as linhas dos meus lábios já não fosse as mesma.

Olhei profundamente para aquele rosto cinza e solitário, baixei os olhos.

Não sei lhe dizer, respondi sinceramente.

Aquele olhar de compaixão, solitário e triste 

mostrava uma pontinha de carinho. 

A mulher conhecia sua prole.

 

Hoje tenho como antes, nada pra dizer.

Trago nos lábios marcas do tempo,

e a dor do punhal que ele me atravessou no peito,

só que não sangra mais.

Os anos passaram, ainda assim, 

não sou capaz de condenar-lo.

Quando vi aquele rosto sem rugas esticado pelo formol

esboçando um sorriso cínico,

nem assim fui capaz de pensar em nada que não fosse amor.

 

 

 

 

 

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