Era um silêncio que o céu inteiro se calou.

Não haviam nuvens nem sol.

Depois a lua fugiu, foi iluminar aquele inferno, e,

acabou ardendo como tocha.

Ele foi subindo sem roupa alguma e,

debaixo dos pés levava pecados e luxurias.

Começou um apaga pó que nada resolveu...

Ai! Ai! Ai! Que dor meu Deus.

Que arrependimento amar um Deus da terra tão miserável.

 

Eu que pequenina fui vestida de estrela e que quando

Caí no mundo, estava cheia de sonhos e esperanças.

Uma menina sincera com um coração piedoso.

— Tu és inteligente minha filha, disse meu pai um dia.

— Ah! Mal sabia ele que a inteligência muitas vezes

se acompanha da fraqueza.

Que cruel engano amar aquele Deus moço.

Ai! Ai! Ai que dó.

Papai tinha na cabeça a lã que caia nos olhos. 

 

A fumaceira misturada a chuva fina apagou o rosto dele.

Vi outros anjos. estavam incrédulos com

a descrição do que havia feito o moço-mau.

Nem todos os olhos puderam enxergar o destino dele.

Ele parecias um saco de carvão que

fora jogado num canto qualquer de um quintal sujo.

Subia ardendo lentamente.

 

Meu Deus! Eu que me vesti de lua só pra ele.

Eu que me corri no sol só pra ele.

Eu que deixei a minha vida pra me deitar com ele.

Foi terrível me ver dar de cara com o destino;

Era como se eu fosse um caroço de manga chupada.

 

Deixei meus projetos para ajudar os dele.

Os cabelos cresceram e minhas mãos secaram,

meus olhos caíram e minha boca franziu de tristezas.

A testa se enrugou como folha seca, meus olhos

perderam o brilho da juventude olhando os dele.

E, acabaram encharcados de lágrimas quando o vi partir.

Não por sentir a falta dele, isso não.

Mas, por saber que a alma dele jamais

teria sossego onde quer que fosse.

 

A gente pensa que a mente é branca, e,

que as experiências é que nos levam pela vida,

é que nos ensina a ser a pessoa que somos.

Isso não é verdade.

Agente traz um passado...

A cultura não conta no universo interior.

 

Tentei lhe ensinar o bom caminho.

Tentei lhe mostrar a felicidade bem na frente do sol.

Ele segurou a lua pelos cabelos, rasgou o sol no meio,

cuspiu nas nuvens e pintou o céu de negro...

Cortou o mar com a linha da pipa...

 

Ele ficou de pé na ponta da montanha

para se igualar a grandeza da natureza.

Pisou nas flores, bateu nos animais e ignorou Deus.

Se foi como um pomba queimada,

Fedendo a querosene e carvão,

e a podridão dos sentimentos escureceu o céu.

Eu vi.

Não houve mais o que fazer...

Eu vi.

 

 

 

 

 

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