Há de cessar a fúria neste meu coração.

Há de cessar Senhor?

Foi numa tarde sombria.

Ainda escuto a risada dela.

abastardado observei o movimento ensaiado dos lábios frios daquela mulher que dizia me amar.

O meu corpo em calafrios.

Foi um ataque febril de amor.

Foi no trovadorismo onde encontrei consolo poético

inspirado no amor. E logo foi minguando por ela.

A misericórdia das minhas palavras forrou meu coração e

me protegeu contra os espinhos

Maléficos daquela mulher corrompida.

Senti meus ossos frisar na hora da despedida e

doeu com uma praga mortal.

 

Esse provinciano trovador que se afoga em perturbações e luxurias, que anda baixo cascatas de êxtase,

foi um jovem sem vicio.

Onde ficou aquela alegria que me seguia na infância?

Senhor onde está?

Há um silêncio jesuíta em minh'alma.

Um chuvisco da palavra amor ecoa no universo, Senhor.

Ah, Senhor porque não pude ser feliz?

 

Intoxicado de paixão e inquieto, sinto o silencio resmungando nos meus ouvidos.

Naquela tarde, assim que meus olhos grudaram nos dela, puxei um assunto qualquer, sentei-me ao seu lado e

pus-me a imaginar a minha vida inteira ao lado da mulher linda que acabava de conhecer.

Que olhar inenarrável!

A praia deserta, o mar calmo e o sol caindo de mansinho

que mais queria eu, Senhor.

Quando pus-me de pé era noitinha e cupido havia me flechado.

 

Naquela tarde cruel, cuspi na arreia úmida desejando

vê-la mofar de solidão. O mar balançava ondas suave,

Uma lua esplêndida esmagou meu espírito num jato de luz.

Soube na hora que: a ausência da voz, o perfume da pele,

o sorriso aberto e tudo junto acabaria com esse trovador.

Não mais beijos. Nenhuma ilusão restou.

Deixei-me levar pelo ódio e olhei aquela mulher firme,

não parecia a mesma que dizia me amar.

Que estúpido sou!

 

 

 

 

 

 

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