Pintei esta árvore,

tinha a figura de um homem.

Os braços eram grandes e os dedos

finos e delicados.

Os pés eram largos e maltratados,

plantados no chão.

 

O rosto cabisbaixo e pálido,

Nas faces encovadas as lágrimas

molharam plantações, caíram montanha abaixo.

Pintei, sem acreditar e sem querer.

O peito era largo.

Não encontrei órgãos genitais...

 

Cabelos cacheados macios,

longos e dourados.

Exatamente como as folhas amareladas

da primavera.

 

Ao seu redor, haviam folhas avermelhadas,

eram um manto de veludo avinhado.

De um lado, o reflexo forte de um macho,

no outro, um ser frágil e delicado.

 

Pintei a árvore pensando na natureza e na vida.

Na força da terra, na existência do homem, na criação

e no espaço.

 

Pintei aquela tela e dei a ela vida e cores.

Misturei tintas e misturei dores.

Criei a árvore do Adão dividido.

Metade Eva e metade Adão perdido.

 

 

 

 

 

 

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