Os arlequins anjos imperfeitos,

feitos conforme a fome e conforme a sorte.

Nas janelas arranjos de flores plásticas.

O céu aberto agasalhava vidas.

 

A pouco passos de distância a agonia de um parto.

No varal lençóis branco gritavam por paz.

Deixem nos viver! Balançando ao vento...

 

Um samba acompanhado de feijão e aguardente

E o vento sobrava naquele final de tarde.

A decisão foi feita debaixo de pressão e desarmonia.

Não era só a dor. Doia a fama e a covardia.

Era agonia!

E que toda a velocidade do tiro foi estancada...

E o sangue jorrava...

A decisão foi feita no meio do parto.

 

Um arlequin no pandeiro e o violeiro.

Um samba triste chorava entre lençois.

O amor mais uma vez vencia.

O odio assustava.
E a grã-finagem? Um agouro a mais.

No abismo a abordagem muitas das vezes injusta.

É a água-tinta.Tinta-água suja...

Suja roja vida! 

 

Que admirando janelas, espaços, ossos e aços...

Curtidos minguados, telhas, portas e pratos.

Que piolho? Que olhos? Que Gatos! Cachorros e Patos?

Que maravilha o povo!

Que latas vazias.

Agogô, pandeiros e birimbau...

Que som do morro.

Que astral!

 

Que andando nos bares e becos, à toa nos lares.

Encontrando tesouros, ouros e touros...

Era num terrível batedouros.

E, a morte.

O mosquito, grito e fome.

São as leis dos homens...

E tudo ao alcance dos nossos ouvidos.

Na visão calada das tarde as ondas do mar e

o zumbido...

Meu Deus! Quem aguenta viver assim?

 

 

 

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