Nesta busca incessante,

Encontrei a fome, a miséria e a dor.

Observando o teu semblante veio a

pergunta do por que o homem egoísta só quer viver.

Os anjos também entendem.

Criança, pequeno ser desprotegido.

Mas, quem te disse que eu sou um anjo perfeito?

Seria muita pretensão.

Eu sou um anjo mau a mais neste planeta!

Bem, a diferença é que o meu espaço eu reconheço,

Viver até o cansaço e amar até que aquele lá... me permita.

Bem, o que vale mesmo são os meus erros

E o que eu deixo, são apenas os meus escritos.

Jamais serás feliz se não tens um objetivo.

Cative a minha alma com paciência,

Então, eu voltarei, te agarro e me entrego.

Mas, não tente fazer de mim um ser perfeito.

Mesmo que eu construa um teto feito de ouro e prata.

Mesmo que o nosso leito seja aromático.

Mesmo que essências cítricas banhem o meu corpo,

E que a rosa dos meus seios flutue sobre águas límpidas.

Mesmo que a minha alma virgem e o meu corpo alvo

desejos implorem com os olhos lacrimosos por teu amor...

Mesmo assim, não creio que haja um prazer mais delirante

que o prazer da liberdade do amor.

Mesmo assim, morta de amor, morta de fome e desprezada,

ainda me restam sonhos e esperanças...

O abandono é cruel, se és criança.

Então, aqueles sonhos que me acompanham desde menina

se proliferam até que aquele lá, me permita.

Mesmo assim, meu homem, mesmo assim...

Há luz na Lua, eu não sinto fome, e

na luz do sol eu enxergo a eternidade.

E mesmo amor, que o vento traga a tempestade, e

que o mar, parado, se revolte.

O meu coração puro segue apaixonado

por sonhos de um futuro nobre.

Mesmo assim, homem, eu sigo quebrada.

E não me importa a luta, pois eu sou forte.

É, querido, quando chega a madrugada...

Não há prisão, não há mais nada.

Apenas o fresco ar e o esplendor da noite!

Neste silêncio a noite é a presença,

a companheira amada.

Ó! A minha vida são as madrugadas.

O céu azul coberto de pequeninas estrelas,

Anjos perdidos como eu, na madrugada.

Clique na figura
envie sua mensagem


 

Voltar